1º Ciclo de Ensino Básico

Este nível de ensino compreende quatro anos de escolaridade e, no sentido de se encontrarem respostas e soluções para as Metas Curriculares definidas, os Docentes organizam-se por Departamentos de Ano, numa lógica de cooperação no planeamento de aulas e construção de materiais, mantendo-se estes com a responsabilidade de gerir globalmente o currículo, procurando-se aprofundar o conhecimento professor/aluno, numa perspetiva de continuidade e sequencialidade.

“O currículo do Ensino Básico diz respeito ao conjunto das aprendizagens que os alunos realizam, ao modo como estão realizadas, ao lugar que ocupam e ao papel que desempenham no percurso escolar ao longo do Ensino Básico”.

(Min. Edu.)

ESTRUTURA CURRICULAR

Tendo como base as orientações estabelecidas no Decreto-Lei n 55/2018, de 6 de julho apresentam-se os desenhos curriculares do Ensino Básico.

Desenho Curricular 1º Ciclo

Componentes do Currículo
Carga Horária Semanal
1º e 2º anos
Carga Horária Semanal
3º e 4º anos

Português

7h

7h

Matemática

7h

7h

Estudo do Meio

3h

3h

Educação Artística (Artes Visuais, Expressão Dramática / Teatro, Dança e Música) e Educação Física

5h

5h

Apoio ao Estudo e Oferta Complementar (Informática, Ciências Experimentais e Sala de Estudo)

3h

3h

Inglês

2h

3h

Total

27h

28h


Área de frequência facultativa

Catequese

1h

METODOLOGIAS EDUCATIVAS

O modelo subjacente ao ensino no Primeiro Ciclo do Grande Colégio assenta na pedagogia construtivista da aprendizagem que se baseia numa participação ativa dos alunos, na resolução de problemas e na exercitação do pensamento crítico, relativamente às atividades de aprendizagem.

A essência desta pedagogia concentra a atenção não unicamente no processo de ensino mas na forma como os alunos aprendem, como constroem e reconstroem os seus conhecimentos. É na relação entre saber e experiência, na articulação entre aquisições escolares e transferência para situações da vida real que a aprendizagem construtivista se situa.

Este modelo de ensino aprendizagem pressupõe que sejam garantidas algumas condições prévias e que se aceite a existência de referentes que orientem o trabalho de organização curricular a desenvolver com os alunos, tais como:

  • - O nível de desenvolvimento dos alunos;
  • - Identificação dos conhecimentos prévios;
  • - A funcionalidade dos conteúdos a aprender, isto é, a possibilidade de serem efetivamente utilizados quando as circunstâncias o exigem;
  • - A perspetiva de aprender a aprender, as estratégias de descoberta e as práticas de sistematização;
  • - A memorização compreensiva;
  • - A articulação com os esquemas cognitivos e afetivos da pessoa;
  • - A reflexão sobre como aprendemos (na linha da metacognição);
  • - A comunicação, imprescindível ao processo de conhecimento, e os processos de interatividade com os pares e no trabalho de grupo;
  • - A importância dos contributos dos outros na construção da aprendizagem.

PROGRAMAS CURRICULARES

As dinâmicas complexas e diversificadas que se estabelecem em sala de aula influenciam a aprendizagem dos alunos e requerem, da parte do docente, a tomada de muitas decisões.

Assim, é fundamental que, em contexto colaborativo, se trabalhem as questões da gestão curricular, se identifiquem as necessidades dos alunos, se definam percursos de aprendizagem, se partilhem experiências entre os diferentes níveis e ciclos de ensino, tendo como eixo norteador as Metas Curriculares preconizadas pelo Ministério da Educação, enquanto instrumentos de apoio à gestão do currículo para uma efetiva concretização das aprendizagens pretendidas, em cada área ou disciplina e nos domínios transversais, preconizadas nos documentos curriculares de referência (Currículo Nacional, Orientações Curriculares e Programa ou Orientações Programáticas da Disciplina ou Área Disciplinar).

Definidas as opções globais nesta matéria, compete ao Docente Titular de Turma, no 1º ciclo proceder à operacionalização das mesmas, adotando critérios de diferenciação, adequação e flexibilização, em função do perfil da turma, com vista a potenciar a consecução das aprendizagens pretendidas, concretizando o seu conjunto de intenções no Plano de Turma.

MATERIAIS CURRICULARES

Os materiais curriculares constituem um elemento importante da gestão curricular. Assim, pretende-se que na planificação da prática letiva se tenham em atenção os seguintes aspetos:

  • Diversificação de tarefas e experiências de aprendizagem, de cunho mais direto ou exploratório, procurando integrar diferentes tipos de abordagem;
  • Identificação criteriosa das potencialidades e limitações do manual escolar;
  • Utilização dos quadros interativos para a realização de diversas atividades;
  • Utilização de materiais manipuláveis e tecnologias, propiciadores de situações de aprendizagem desafiantes e de natureza exploratória, desempenhando um papel importante na abordagem de diversos conceitos.

AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

A avaliação deve fornecer informações relevantes e substantivas sobre o estado das aprendizagens dos alunos, no sentido de ajudar o professor a gerir o processo de ensino-aprendizagem. Neste contexto, é necessária uma avaliação continuada posta ao serviço da gestão curricular de carácter formativo e regulador. Com este entendimento, a avaliação é um instrumento que faz o balanço entre o estado real das aprendizagens do aluno e aquilo que era esperado, ajudando o professor a tomar decisões ao nível da gestão do currículo/programa, sempre na perspetiva de uma melhoria da aprendizagem.

Assume-se como um processo regulador que orienta o percurso dos alunos, no sentido do seu sucesso escolar e apoia-se em instrumentos e critérios adequados e diversificados que sustentam uma tomada de decisões relativas à qualidade das aprendizagens.

Avaliação Interna



Domínio Cognitivo



70 %

Teste 1
Teste 2
Trabalho diário (avaliação contínua)
Trabalho de Projeto / Fichas questões-aula



Domínio Atitudinal e Valorativo



30 %

Participação
TI (Trabalhos de casa)
Comportamento
Organização /Material (Caderno diário, registos, fichas,…)

PLANOS DE ACOMPANHAMENTO E DESENVOLVIMENTO

No âmbito da avaliação, os princípios de atuação e normas orientadoras para a implementação, acompanhamento e avaliação dos planos de acompanhamento e de desenvolvimento são os constantes no Despacho Normativo nº 24 A/2012, de 6 de dezembro.


Planos de acompanhamento

O referido Plano é elaborado pelos Docentes do 1º Ciclo para alunos que revelem dificuldades de aprendizagem em qualquer disciplina. As atividades a desenvolver, neste âmbito integram, entre outras, as seguintes modalidades:

  • Pedagogia diferenciada na sala de aula;
  • Maior interação com o encarregado de educação;
  • Atividades de compensação em qualquer momento do ano letivo ou no início de um novo Ciclo;
  • Atividades de ensino específico da Língua Portuguesa para alunos oriundos de países estrangeiros;
  • Adaptações programáticas das disciplinas em que o aluno tenha revelado especiais dificuldades ou insuficiências e reforço de medidas de apoio no Trabalho Individual (TI);
  • As adaptações programáticas, referidas no ponto anterior, são da responsabilidade do Docente de Turma em questão, em articulação com o Conselho de Docentes;
  • Frequência do Apoio Pedagógico Acrescido;
  • Atividades de enriquecimento em qualquer momento do ano letivo (especificamente para alunos com plano de desenvolvimento);
  • Apoio psicológico.

Planos de Desenvolvimento

O plano de desenvolvimento é aplicável aos alunos que revelem capacidades excecionais de aprendizagem.

As atividades de enriquecimento que poderão constar do plano serão definidas em função do perfil do aluno em questão.

Decorrente da avaliação sumativa do 1º período, o Professor do 1º Ciclo elabora o plano de desenvolvimento e submete-o ao Conselho Docentes.

As modalidades a integrar no Plano de Desenvolvimento são as seguintes:

  • Pedagogia diferenciada;
  • Programas de tutoria;
  • Atividades de Enriquecimento.

COMUNICAÇÃO COLÉGIO–FAMÍLIA

No início do ano letivo, os Professores Titulares definirão um horário de atendimento aos encarregados de educação (quinzenal) favorecendo, desta forma, a sua participação no processo de ensino-aprendizagem.

Ao longo do ano letivo realizar-se-ão os seguintes momentos de encontro:

  • Reunião no decurso do mês de setembro para apresentação dos documentos orientadores (Projeto Educativo, Plano Anual de Atividades, Projeto Curricular de Escola/Plano de Turma), análise dos mesmos e propostas de enriquecimento;
  • Reuniões individuais, no final de cada período, para entrega dos registos de avaliação;
  • Reuniões extraordinárias, mediante marcação prévia na Secretaria, sempre que o Professor Titular e/ou o encarregado de educação considerem pertinente.

Para além das reuniões, o encarregado de educação poderá contactar o Professor Titular através do correio eletrónico da respetiva turma e/ou pela caderneta individual do aluno. As atividades do Colégio e os projetos desenvolvidos pela turma poderão ser consultados no jornal de sala "CEB Magazine".